sábado, 27 de março de 2010

Deixa o verão pra mais tarde!

É tão gratificante pensar em nada. O nada alimenta esse nosso desejo de ter sempre alguma coisa para amar, para pensar. Ah, danem-se! Como se eles entendessem e tivessem respostas para tudo que quase existe nessa vida.
Deixa a cadeira vazia, deixa o café esfriar, não espere alguém bater na sua porta.
Não espere alguém bater na sua porta.
Não espere alguém bater na sua porta.
Porque esperar é egoísmo e, juro para você, de egoísmo já basta a dúvida e a saudade que sentimos um dia. Não quero mais explicar cada tirinha dissimulada! Simplesmente não há palavras. O que não sei dizer é mais importante do que o que eu digo. Pensam que eu tenho a verdade absoluta, a palavra final, a força de vontade infinita? Mas eu sou tão finita que quase desapareço. Posso tocar com as pontas dos dedos cada um dos meus sentimentos, cada angústia que esse coração adora guardar num potinho e esconder embaixo da cama. Não quero mais pensar que elas existiram um dia, e muito menos que eu assoprei o pó daquela felicidade mentirosa. Aquela felicidade que, na verdade, só deixa pingar gotinhas de satisfação.
A felicidade completa não existe.
A felicidade completa não existe.
Porque sempre tem alguma desilusão. Sempre. Se não for com você, vai ser com outra pessoa. Pois...Quer saber? Cansei de tentar explicar.
Sua vez, poesia.
Quando o dia esbanjar esperança e cor, quero ver você se explicar.

Quero só ver.

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