segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Hoje eu já dancei ao som de Nô Stopa, caminhei até a farmácia, conversei com o contador, cozinhei, trabalhei até um novo fio de cabelo branco apontar por aqui... fiz tanta coisa que não parei pra pensar na confusão em que eu me meti.
Talvez se eu fugisse pro México, mas sei que isso não vai resolver.

Então eu quero que essa segunda-feira vá pra puta que pariu!


Cansei. Quero outro dia.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Ela tinha o 'grande final' como chão para as suas dores. Pena que ela ainda não havia tocado o sucesso, só o vira em seus livros empoeirados de ficção, de amor.
Sempre soube o que queria fazer para o resto de sua vida. Traçara seus planos anos antes e só o fato do acaso existir a deixava louca. Seus olhares eram lancinantes por simples medo e seu medo só parecia fazer sentido para uma pessoa.
Uma única pessoa.
Pois bem, ela poderia ter tudo o que as pessoas gostariam de ter, mas isso não a fazia feliz. Porque faltava alguma coisa, sempre faltou alguma coisa! E essa coisa só era visível aos olhos dele. Ele sabia como entrelaçar seus dedos nos dela e dizer que tudo iria dar certo. Ele vinha de longe, plantava delírios no mundinho esquecido que ela chamava de "eu" e acabava por transformar em flores aquilo que vinha da dor.

Ele via o motivo.
Ele compreendia o motivo.
Ele vivia pelo motivo desconcertante de fazer tudo ao contrário.
Por que é que ela simplesmente não o acompanhava?
Meus caros leitores, ela não o acompanhava porque tinha medo de encontrar o caminho enquanto se perdia.