sábado, 5 de dezembro de 2009

Ela não olhava para ninguém, e não dava satisfações. Havia se fechado para qualquer possibilidade de ser uma mulher-que-encontra-o-amor-verdadeiro ou de ser uma mulher-que-vive-aquilo-que-ela-acha-que-é-o-amor-verdadeiro.
Suas caminhadas eram coloridas, e não doloridas. Negava-se a sofrer, a se encantar demais com qualquer coisa que fosse... É. O ser dela não era de flor, era de faca.
Mas naquela tarde de quase-verão ela fez duas escolhas que mudariam a sua vida para sempre: reparar no que sempre estivera ali e sorrir.
Sentindo uma fraqueza mais parecida com ilusão ela foi para casa pensando naquele par de olhos verdes.


Ah, aquele par de olhos verdes!

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