sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Ela tinha o 'grande final' como chão para as suas dores. Pena que ela ainda não havia tocado o sucesso, só o vira em seus livros empoeirados de ficção, de amor.
Sempre soube o que queria fazer para o resto de sua vida. Traçara seus planos anos antes e só o fato do acaso existir a deixava louca. Seus olhares eram lancinantes por simples medo e seu medo só parecia fazer sentido para uma pessoa.
Uma única pessoa.
Pois bem, ela poderia ter tudo o que as pessoas gostariam de ter, mas isso não a fazia feliz. Porque faltava alguma coisa, sempre faltou alguma coisa! E essa coisa só era visível aos olhos dele. Ele sabia como entrelaçar seus dedos nos dela e dizer que tudo iria dar certo. Ele vinha de longe, plantava delírios no mundinho esquecido que ela chamava de "eu" e acabava por transformar em flores aquilo que vinha da dor.

Ele via o motivo.
Ele compreendia o motivo.
Ele vivia pelo motivo desconcertante de fazer tudo ao contrário.
Por que é que ela simplesmente não o acompanhava?
Meus caros leitores, ela não o acompanhava porque tinha medo de encontrar o caminho enquanto se perdia.

2 comentários:

Caren Fonseca disse...

Ele vinha de longe, plantava delírios no mundinho esquecido que ela chamava de "eu" e acabava por transformar em flores aquilo que vinha da dor.


as vezes transformar em flores o que se veem como dor é o melhor e o mais estúpido rémedio,te amo ♥

Fernanda disse...

é o que ele faz até hoje. até hoje.