Eu sempre fui carente. Às vezes, sinto falta até de mim mesma. É uma falta doída; como se me faltasse o dente da frente - fico sem sorrir e tranco-me dentro do meu pequeno e abafado quarto de devaneios.
Porque encontrar, para mim, é se perder. Existir é a tentativa de viver e o amor é objeto inalcansável. Inalcansável porque amar é doação. Doação? Eu, doei apenas a saudade.
E, agora, mesmo podendo ouvir os chamados do meu coração, ainda falta alguma coisa.
Ainda falta alguma coisa.
Que se dizer "eu te amo" é como uma farpa que não se pode tirar com a pinça, não dizer é ouvir o abismo da dúvida e da solidão.
E, atualmente, comprei um abismo só para mim.
A prazo.
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